Rússia diz que fricções com Donald Trump são inevitáveis
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, advertiu que as fricções entre os Estados Unidos e a Rússia, os maiores países do mundo, são inevitáveis, numa entrevista emitida pela televisão russa.
"Seguramente,
é um grande erro ter a ilusão que as nossas relações futuras [com os
Estados Unidos da América] estarão livres de contradições e
divergências. Isso é impossível", disse Peskov.
Acrescentou que a Rússia é o maior país do mundo, que "não pode existir sem fricções ou conflitos de interesses".
O
porta-voz do Kremlin anunciou que o presidente russo, Vladimir Putin,
irá telefonar, nos próximos dias, ao seu homólogo norte-americano,
Donald Trump, para o felicitar pela sua tomada de posse.
"É uma necessidade protocolar", apontou.
Por
outro lado, adiantou que não há, para já, qualquer tipo de acordo ou
decisão sobre uma possível reunião entre os dois chefes de Estado.
"O
êxito do desenvolvimento das relações bilaterais dependerá de sermos
capazes de resolver as divergências na base do diálogo", apontou Peskov.
Classificou
como míope e pouco construtiva a postura da administração Obama no que
diz respeito à crise na Ucrânia, apontando desconhecer-se que postura
adotará Washington em relação a este problema, depois da chegada de
Trump à Casa Branca.
"Dentro de muito
pouco tempo veremos se muda a posição dos Estados Unidos em relação à
Ucrânia e se ajudará a encontrar um consenso", apontou o porta-voz.
Peskov apelou à cooperação entre Moscovo e Washington para encontrar uma solução pacífica para o conflito na Síria.
"É
evidente que sem a participação dos Estados Unidos é impossível
solucionar de uma forma construtiva o problema sírio", sublinhou.
Sobre
os protestos nos Estados Unidos contra Trump, o porta-voz russo apontou
que no país existe uma "divisão quase sem precedentes, que não ajuda à
grandeza desse país", escusando-se a fazer mais comentários, pelo menos a
nível oficial.
Marcadores: Donald Trumb, Eleições dos Estados Unidos América, EUA, Guerra, Rússia, Síria, Ucrânia, Vladimir Putin
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