Seca atinge indústria do açúcar em Moçambique
Maputo, 01 abril (Lusa) | A seca que
afeta o sul e o centro de Moçambique vai prejudicar a indústria
açucareira do país este ano, indicou hoje a Associação dos Produtores de
Açúcar de Moçambique (APAMO).
O diretor-executivo da APAMO, João Jeque, referiu-se ao impacto negativo da seca no setor do açúcar, falando aos jornalistas, à margem da reunião de encerramento da 7.ª Conferência Africana do Açúcar, que se realizou em Maputo.
"Esta seca que assola o país vai ter, de certeza, um impacto negativo, porque, ao afetar a produção agrícola, implicará a redução da produção da cana", disse João Jeque.
Os pequenos produtores são responsáveis por entre 20% e 24% de cana de açúcar utilizada pela indústria em Moçambique, mas essa cifra vai diminuir devido à fraca produtividade associada à seca, acrescentou o diretor-executivo da APAMO.
"Projetámos para este ano 3,3 milhões de toneladas de cana, dos quais entre 20% e 24% serão fornecidos pelos camponeses, mas receamos que eles não consigam essa quantidade", frisou João Jeque.
Jeque afirmou ainda que a indústria açucareira não escapou à queda do preço das matérias-primas no mercado internacional e o açúcar é atualmente vendido a um preço "muito inferior" comparativamente a alguns anos.
Por outro lado, continuou o diretor-executivo, a produção nacional de açúcar é também prejudicada pelo contrabando, apesar de este fenómeno ter diminuído nos últimos meses por força das medidas tomadas pelo Governo.
"Não estávamos à espera que logo que o Governo fixasse novos preços de referência, acordássemos na madrugada seguinte sem o açúcar ilegal, o contrabando continua, mas as perspetivas são boas", enfatizou João Jeque.
O diretor-executivo da APAMO indicou que as quatro fábricas de açúcar que operam em Moçambique produzem anualmente 450 mil toneladas, das quais pouco menos de 200 mil são consumidas no país e o remanescente é exportado, principalmente para o mercado da União Europeia (UE), gerando 35 mil empregos.
Dados fornecidos na 7.ª Conferência Africana do Açúcar referem que o mundo enfrenta um défice de cinco milhões de toneladas de açúcar face a uma procura global que atinge 171 milhões de toneladas.
PMA // SB
Lusa/Fim
O diretor-executivo da APAMO, João Jeque, referiu-se ao impacto negativo da seca no setor do açúcar, falando aos jornalistas, à margem da reunião de encerramento da 7.ª Conferência Africana do Açúcar, que se realizou em Maputo.
"Esta seca que assola o país vai ter, de certeza, um impacto negativo, porque, ao afetar a produção agrícola, implicará a redução da produção da cana", disse João Jeque.
Os pequenos produtores são responsáveis por entre 20% e 24% de cana de açúcar utilizada pela indústria em Moçambique, mas essa cifra vai diminuir devido à fraca produtividade associada à seca, acrescentou o diretor-executivo da APAMO.
"Projetámos para este ano 3,3 milhões de toneladas de cana, dos quais entre 20% e 24% serão fornecidos pelos camponeses, mas receamos que eles não consigam essa quantidade", frisou João Jeque.
Jeque afirmou ainda que a indústria açucareira não escapou à queda do preço das matérias-primas no mercado internacional e o açúcar é atualmente vendido a um preço "muito inferior" comparativamente a alguns anos.
Por outro lado, continuou o diretor-executivo, a produção nacional de açúcar é também prejudicada pelo contrabando, apesar de este fenómeno ter diminuído nos últimos meses por força das medidas tomadas pelo Governo.
"Não estávamos à espera que logo que o Governo fixasse novos preços de referência, acordássemos na madrugada seguinte sem o açúcar ilegal, o contrabando continua, mas as perspetivas são boas", enfatizou João Jeque.
O diretor-executivo da APAMO indicou que as quatro fábricas de açúcar que operam em Moçambique produzem anualmente 450 mil toneladas, das quais pouco menos de 200 mil são consumidas no país e o remanescente é exportado, principalmente para o mercado da União Europeia (UE), gerando 35 mil empregos.
Dados fornecidos na 7.ª Conferência Africana do Açúcar referem que o mundo enfrenta um défice de cinco milhões de toneladas de açúcar face a uma procura global que atinge 171 milhões de toneladas.
PMA // SB
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Marcadores: Moçambique, Notícias
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