Conclui a Comissão dos Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e de Legalidade, não existe vala comum em Moçambique
MOÇAMBIQUE |
Comissão dos Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e de Legalidade
escalou, ontem, o distrito de Gorongosa, província de Sofala, bem
escoltada pelas Forças de Defesa e Segurança.
Acompanhados por diversos órgãos de comunicação social, os deputados da Assembleia da República estiveram na Vila de Gorongosa e na sede do posto administrativo de Canda a fim de se inteirar das autoridades locais dados relacionados com a suposta existência de uma vala comum. A resposta dos moradores foi sempre a mesma: “não existem valas comuns em Canda”.
Acompanhados por diversos órgãos de comunicação social, os deputados da Assembleia da República estiveram na Vila de Gorongosa e na sede do posto administrativo de Canda a fim de se inteirar das autoridades locais dados relacionados com a suposta existência de uma vala comum. A resposta dos moradores foi sempre a mesma: “não existem valas comuns em Canda”.
“Já
ouvimos muito sobre a existência de valas comuns aqui na zona, através
da rádio, mas no tereno nunca conseguimos localizar”, disseram os
moradores de Canda.
Já
na região do rio Nhaduwe, que faz fronteira entre as províncias de
Sofala e Manica, antes de a Comissão preparar-se para retornar à origem,
manteve contacto com o régulo local. Na voz de Edson Macuácua, a
Comissão confrontou o régulo com a pergunta. “Existe ou não aqui no
regulado de Canda uma vala comum com 120 corpos conforme foi divulgado
por um órgão de comunicação social?”. Com prontidão, o régulo respondeu:
“nunca existiu. Eu até fiquei assustado. A boca mata e a mentira
também. São pessoas invejosas que propagam essa informação, para me
atingir”.
Depois
de ouvir o régulo, a Comissão interceptou, de forma aleatória, vários
residentes do regulado de Canda nas suas próprias casas a fim de ter
dados sobre a existência da vala comum na região. A resposta prevaleceu:
Não existem valas comuns.
Ainda
naquela região, uma mulher local disse que acerca de um mês tem
acompanhado o debate. “Nunca a vi. Se existisse, podem crer que nós
saberíamos, pois esta região é muito pequena”.
No final dos contactos com a população local, a Comissão concluiu que em Canda não existe nenhuma vala comum com 120 corpos.
“Não
há dados e não há provas materiais que sustentem a informação publicada
a respeito. Queremos lamentar o facto de o jornalista da agência Lusa,
que o convidamos para uma audição e para vir connosco ao terreno a fim
de indicar as pistas, fontes ou local, não ter-se dignado a comparecer
para cooperar na busca da verdade material e no espírito de investigação
jornalística que deve nortear a actuação de um profissional exímio”,
disse Edson Macuácua.
Por: +Rosário Gimo José
Marcadores: Edson Macácua, Gorongosa, Moçambique, Notícias, Vala comum em Moçambique
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