6/02/2016

Conclui a Comissão dos Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e de Legalidade, não existe vala comum em Moçambique

MOÇAMBIQUE | Comissão dos Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e de Legalidade escalou, ontem, o distrito de Gorongosa, província de Sofala, bem escoltada pelas Forças de Defesa e Segurança.
Acompanhados por diversos órgãos de comunicação social, os deputados da Assembleia da República estiveram na Vila de Gorongosa e na sede do posto administrativo de Canda a fim de se inteirar das autoridades locais dados relacionados com a suposta existência de uma vala comum. A resposta dos moradores foi sempre a mesma: “não existem valas comuns em Canda”.

“Já ouvimos muito sobre a existência de valas comuns aqui na zona, através da rádio, mas no tereno nunca conseguimos localizar”, disseram os moradores de Canda.
Já na região do rio Nhaduwe, que faz fronteira entre as províncias de Sofala e Manica, antes de a Comissão preparar-se para retornar à origem, manteve contacto com o régulo local. Na voz de Edson Macuácua, a Comissão confrontou o régulo com a pergunta. “Existe ou não aqui no regulado de Canda uma vala comum com 120 corpos conforme foi divulgado por um órgão de comunicação social?”. Com prontidão, o régulo respondeu: “nunca existiu. Eu até fiquei assustado. A boca mata e a mentira também. São pessoas invejosas que propagam essa informação, para me atingir”. 

Depois de ouvir o régulo, a Comissão interceptou, de forma aleatória, vários residentes do regulado de Canda nas suas próprias casas a fim de ter dados sobre a existência da vala comum na região. A resposta prevaleceu: Não existem valas comuns.
Ainda naquela região, uma mulher local disse que acerca de um mês tem acompanhado o debate. “Nunca a vi. Se existisse, podem crer que nós saberíamos, pois esta região é muito pequena”. 

No final dos contactos com a população local, a Comissão concluiu que em Canda não existe nenhuma vala comum com 120 corpos.
“Não há dados e não há provas materiais que sustentem a informação publicada a respeito. Queremos lamentar o facto de o jornalista da agência Lusa, que o convidamos para uma audição e para vir connosco ao terreno a fim de indicar as pistas, fontes ou local, não ter-se dignado a comparecer para cooperar na busca da verdade material e no espírito de investigação jornalística que deve nortear a actuação de um profissional exímio”, disse Edson Macuácua. 

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