Líder da Renamo considera "fantochada" comissão parlamentar sobre valas comuns no país
O presidente da
Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) exigiu hoje, a criação de uma
comissão independente para averiguar a denúncia de uma vala comum com
mais de 100 corpos no centro de Moçambique, considerando a actual
comissão parlamentar "uma fantochada".
"A Renamo exige a criação de uma comissão verdadeira de inquérito para investigar esta vala comum", disse Afonso Dhlakama, a jornalistas numa teleconferência a partir de Gorongosa, província de Sofala, onde disse encontrar-se.
Para o líder do maior partido de oposição em Moçambique, a comissão parlamentar encarregada de investigar valas comuns, que foi boicotada pela Renamo, é uma instância jurídica dentro da Assembleia da República dirigida pelo partido no poder e não é suficientemente independente para esclarecer o caso.
"Aquilo é uma fantochada", declarou Afonso Dhlakama, reiterando a exigência de uma comissão independente, composta por especialistas, jornalistas, académicos, intelectuais e deputados, que vá ao local para conversar com a população como forma esclarecer o caso.
Afonso Dhlakama responsabilizou a Frelimo pela perseguição e assassínio de membros da Renamo na região.
"Aquilo é uma propaganda", declarou Afonso Dhlakama, observando que vários órgãos de comunicação, incluindo a Lusa, que estiveram na região provaram a existência de corpos em avançado estado de degradação espalhados pela região.
Na terça-feira, o presidente da comissão parlamentar encarregada de investigar a existência de uma vala comum com mais de cem corpos no centro de Moçambique, Edson Macuacua, negou a denúncia feita à Lusa por vários camponeses e disse que vai trabalhar outros "presumíveis" casos.
"O resultado [das investigações] permite-nos afirmar de forma categórica, inequívoca e definitiva que não há uma vala comum em Canda", afirmou Edson Macuacua, que na terça-feira, um mês depois do testemunho dos camponeses, dirigiu uma visita da comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e Legalidade à zona da denúncia, no distrito de Gorongosa, província de Sofala.
Os deputados que se deslocaram a Canda eram todos da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, exceto uma representante do Movimento Democrático de Moçambique (MDM).
A 30 de abril, jornalistas de vários órgãos de comunicação social, incluindo a Lusa, viram e fotografaram 15 corpos espalhados no mato, entre os distritos da Gorongosa, província de Sofala, e Macossa, Manica.
Estes corpos foram posteriormente observados por vários órgãos de comunicação social moçambicanos e pela cadeia de televisão Al-Jazira, que mostrou restos humanos ainda visíveis três semanas depois de terem sido descobertos.
Os corpos foram abandonados nas proximidades do local onde camponeses disseram à Lusa ter encontrado uma vala comum com mais de cem cadáveres, até ao momento desmentida pelas autoridades, e sem que os jornalistas tenham conseguido ter acesso ao local, uma zona de forte presença militar no quadro do conflito que se vive no centro de Moçambique.
O presidente da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) |
"A Renamo exige a criação de uma comissão verdadeira de inquérito para investigar esta vala comum", disse Afonso Dhlakama, a jornalistas numa teleconferência a partir de Gorongosa, província de Sofala, onde disse encontrar-se.
Para o líder do maior partido de oposição em Moçambique, a comissão parlamentar encarregada de investigar valas comuns, que foi boicotada pela Renamo, é uma instância jurídica dentro da Assembleia da República dirigida pelo partido no poder e não é suficientemente independente para esclarecer o caso.
"Aquilo é uma fantochada", declarou Afonso Dhlakama, reiterando a exigência de uma comissão independente, composta por especialistas, jornalistas, académicos, intelectuais e deputados, que vá ao local para conversar com a população como forma esclarecer o caso.
Afonso Dhlakama responsabilizou a Frelimo pela perseguição e assassínio de membros da Renamo na região.
"Aquilo é uma propaganda", declarou Afonso Dhlakama, observando que vários órgãos de comunicação, incluindo a Lusa, que estiveram na região provaram a existência de corpos em avançado estado de degradação espalhados pela região.
Na terça-feira, o presidente da comissão parlamentar encarregada de investigar a existência de uma vala comum com mais de cem corpos no centro de Moçambique, Edson Macuacua, negou a denúncia feita à Lusa por vários camponeses e disse que vai trabalhar outros "presumíveis" casos.
"O resultado [das investigações] permite-nos afirmar de forma categórica, inequívoca e definitiva que não há uma vala comum em Canda", afirmou Edson Macuacua, que na terça-feira, um mês depois do testemunho dos camponeses, dirigiu uma visita da comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e Legalidade à zona da denúncia, no distrito de Gorongosa, província de Sofala.
Os deputados que se deslocaram a Canda eram todos da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, exceto uma representante do Movimento Democrático de Moçambique (MDM).
A 30 de abril, jornalistas de vários órgãos de comunicação social, incluindo a Lusa, viram e fotografaram 15 corpos espalhados no mato, entre os distritos da Gorongosa, província de Sofala, e Macossa, Manica.
Estes corpos foram posteriormente observados por vários órgãos de comunicação social moçambicanos e pela cadeia de televisão Al-Jazira, que mostrou restos humanos ainda visíveis três semanas depois de terem sido descobertos.
Os corpos foram abandonados nas proximidades do local onde camponeses disseram à Lusa ter encontrado uma vala comum com mais de cem cadáveres, até ao momento desmentida pelas autoridades, e sem que os jornalistas tenham conseguido ter acesso ao local, uma zona de forte presença militar no quadro do conflito que se vive no centro de Moçambique.
Marcadores: DHlakama, Edson Macácua, Frelimo, Gorongosa, MDM, Moçambique, Notícias, Renamo, Sofala
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