9/06/2016

Dor, tristeza e críticas à Renamo no funeral do chefe do posto de Tica

Foram a enterrar, na tarde de ontem, no cemitério Santa Isabel, na cidade da Beira, os restos mortais de Abílio Jorge, chefe do posto administrativo de Tica, localizado no distrito de Nhamatanda, província de Sofala. 


Jorge Abílio, tal como o régulo de Nhampoca, foi morto por homens armados na tarde da passada sexta-feira, na povoação de Nhampoca,
poucos minutos depois de ter orientado um encontro popular naquela região, que tinha como objectivo mobilizar a população - que estava a abandonar a área devido à tensão militar - a permanecer em Nhampoca.

O governo de Sofala, que foi representado nas exéquias fúnebres pelo director provincial da Justiça, José Jussene, lamentou a morte de Jorge Abílio e lançou duras críticas aos autores do crime. “Estas atitudes da Renamo não confortam o povo moçambicano, porque apenas destroem as aspirações e anseios deste mesmo povo. Abílio Jorge identifica-se com os ditames da nossa moçambicanidade”. Já o partido Frelimo em Sofala, através do seu primeiro secretário, Paulo Manjacunene, acusou a Renamo pelas mortes do chefe do posto administrativo de Tica, do régulo Nhampoca, assim como por todos os ataques que ocorrem em Sofala. “Os dois líderes comunitários foram vítimas de assassinatos bárbaros perpetrados por bandidos armados da Renamo.

 Repudiamos a guerra, pois ela traz destruição, luto e retarda o desenvolvimento, por isso, apelamos à Renamo a guiar-se pelo diálogo e não pelo recurso a armas, se quer chegar ao poder”, referiu Manjacunene. A família mostrou-se naturalmente chocada com a morte de Abílio Jorge, pela forma bruta como ocorreu. “Ele sempre lamentou pela sua segurança em Tica, contudo, sempre se mostrou firme em continuar a ajudar a população a seguir em frente na construção de um moçambique cada vez melhor. Nesta hora de adeus, lembramo-nos com muita tristeza dos seus ensinamentos, sempre virados ao espírito de união e patriotismos”, refere num dos trechos a mensagem da família. Abílio Jorge, que também chegou a exercer as funções de chefe de posto de Inhamitanga, no distrito de Cheringoma, e de primeiro secretário da Frelimo na cidade da Beira, deixa viúva, cinco filhos e três netos. 

Fonte: Jornal O País | Crítico Melódico

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