Estudo da Malária
Introdução
Muito se discute a importância
da prevenção da malária, entretanto é preciso reforçar o conhecimento de todos
que a malária é um caso sério, sim, a malária é uma epidemia que anualmente tem
causado a morte de 2,5 milhões de pessoas – a maior parte delas crianças com
menos de cinco anos..
A Malária é uma doença
infecciosa causada pelo parasita protozoário unicelular do gênero Plasmodium, e transmitida, entre
humanos, por meio da picada de mosquitos do gênero Anopheles. A Malária afeta os homens ao longo de milênios, de
modo que, o histórico da doença confunde-se com a própria história da Medicina.
A Malária provavelmente originou-se no continente
africano, na pré-história, atingindo a Europa e Ásia, com a migração do homem.
Os primeiros indícios de
descrição da Malária estão em textos religiosos e médicos da antiguidade que
relacionavam algumas febres sazonais como punição divina, sendo Hipócrates, na
Grécia do século V a.C., o primeiro a descartar superstições,
relacionando as doenças febris com a sazonalidade, e locais frequentados pelos
doentes, e a descrever o quadro clínico e complicações da Malária. No
século II d.C., ocorreram epidemias cíclicas na Grécia, Itália, e outras
áreas da Europa, relatadas por médicos gregos e romanos, denominando-a de
"Febre romana". Depois da queda do império romano, pouco foi
acrescentado ao conhecimento da doença. No século XVI, a Malária chega ao Novo
Mundo pelas viagens de colonizadores espanhóis e portugueses. No século XVII,
os padres jesuítas observaram o uso de cascas de árvores nativas pelos
indígenas da América, para curar doenças febris, levando-a para a Europa em
forma de pó - o "pó dos jesuítas", recebendo o nome de Cinchona, em
1735, e em 1820, o seu princípio ativo foi isolado, o Quinino.
No século XVIII, a doença
recebeu o nome italiano "mal aire", com a teoria do ar insalubre dos
"miasmas". Em 1880, Charles Alphonse Laveran, médico francês,
observou parasitas da Malária em hemácias humanas, durante seus trabalhos na
Argélia. A partir daí, o modo de transmissão, e o ciclo do parasita foi
elucidado até o final do século XIX. No início do século XX, várias pesquisas
foram dedicadas ao controle vetorial, principalmente do Anopheles gambiae, o mosquito do continente africano. Durante a I
Guerra Mundial, pesquisadores alemães desenvolveram os anti-maláricos
sintéticos pamaquina, mepacrina e cloroquina. Em 1942, Paul Muller desenvolveu
o inseticida DDT (Dicloro-Difenil-Tricloroetano)
de grande potência e grande atividade residual e baixo custo.
A partir de 1955, a Assembleia
Mundial de Saúde e a OMS lançaram a Campanha Mundial de Erradicação da Malária,
com o intuito de extinguir a doença. Até o final dos anos 70, a campanha livrou
do risco da doença, 53% da população de áreas endêmicas, evitando milhões de
mortes, aumentando desenvolvimento sócio-econômico da Ásia, sul e sudeste
Europeu, e Américas. Porém, com os anos 80, as crises econômicas, o aumento no
custo de inseticidas, e a resistência de anofelinos a estes, a
resistência de parasitas às drogas, e a deterioração do programa de
controle em países pobres, levaram a um aumento no número de casos de Malária,
de modo que a estratégia mundial de programas de saúde não é mais a
erradicação, e sim, o controle da morbidade/mortalidade.
Sendo assim, nesse presente
trabalho são apresentados aspetos detalhados acerca da malária. Para a
elaboração desse presente trabalho, foi necessário muita pesquisa da qual as
referências constam na página de referência. O que exigiu muito tempo
consultando livros em PDF de analise de estatística relacionadas com a malária.
(Veja o anexo para gastos do consumo para a realização do presente trabalho.).
Para melhor nos informarmos
acerca da epidemia da malária vejamos…
A malária
Malária,
também chamada paludismo, impaludismo ou maleita,
é uma doença infecciosa transmitida por mosquitos e provocada por protozoários
parasitários do género Plasmodium. A
doença é geralmente transmitida através da picada de uma fêmea infectada do
mosquito Anopheles [veja o apêndice],
a qual introduz no sistema circulatório do hospedeiro os microorganismos
presentes na sua saliva, os quais se depositam no fígado, onde maturam e se
reproduzem. A malária manifesta-se através de sintomas como febre e dores de
cabeça, que em casos graves podem progredir para coma ou morte. A doença
encontra-se disseminada em regiões tropicais e subtropicais ao longo de uma
larga faixa em redor do equador, englobando grande parte da África subsariana,
Ásia e América.
Existem
cinco espécies de Plasmodium [Veja o
apêndice] capazes de infectar e de serem transmitidas entre seres humanos. A
grande maioria das mortes é provocada por P. falciparum
e P. vivax, enquanto que as P. ovale e P. malariae geralmente provocam uma forma menos agressiva de
malária e que raramente é fatal. A espécie zoonótica P. knowlesi, prevalente no sudeste asiático, provoca malária
em macacos, podendo também provocar infeções graves em seres humanos. A malária
é prevalente em regiões tropicais e subtropicais devido à chuva abundante,
temperatura quente e grande quantidade de água estagnada, o que proporciona
habitats ideiais para as larvas do mosquito. A transmissão da doença pode ser
combatida através da prevenção das picadas de mosquito, usando redes
mosquiteiras ou repelente de insetos, ou através de medidas de erradicação,
como o uso de inseticidas ou o escoamento de águas estagnadas.
O
diagnóstico de malária é geralmente realizado através de análises microscópicas
ao sangue que confirmem a presença do parasita ou através de testes de
diagnóstico rápido para a presença de antigénios. Estão também disponíveis
técnicas de diagnóstico que usam a reação em cadeia da polimerase para detectar
ADN do parasita, embora o seu uso nas regiões endémicas seja pouco comum devido
ao seu elevado custo e complexidade. A Organização
Mundial de Saúde estima que em 2010 tenham ocorrido 219 milhões de casos
documentados de malária. No mesmo ano, a doença matou entre 660 000 e 1,2
milhão de pessoas, muitas das quais
crianças africanas. Não é possível determinar com precisão o número real de
mortes, uma vez que não há dados suficientes para grande parte das áreas rurais
e muitos dos casos não são sequer documentados. A malária está associada com a
pobreza e pode ser um entrave significativo ao desenvolvimento económico, segundo a OMS.
Não
existe vacina eficaz contra a malária, apesar de haver esforços no sentido de
desenvolver uma. Estão disponíveis diversos medicamentos para prevenção da
malária em viajantes que se desloquem a países onde a doença seja endémica.
Está também disponível uma série de medicamentos anti-maláricos. Os casos
graves são tratados com quinino administrado por via intravenosa ou
intramuscular. Pode também ser tratada com artesunato, um derivado de
artemisinina, administrado conjuntamente com um segundo antimalárico, como a
mefloquina, cuja eficácia é superior ao quinino tanto em crianças como em
adultos. No entanto, o parasita tem vindo a desenvolver resistência a alguns dos
fármacos anti-maláricos.
Conforme
vemos a malária faz vítimas no mundo todo. Sendo assim vamos a analisar na
perfectiva mundial e especificamente em
Moçambique.
A análise da malária na perfectiva
mundial
Segundo o Instituto Brasileiro para Excelência em Saúde (IBES) que
cita Organização Pan-Americana de Saúde,
diz num relatório mundial de malária, do qual foi publicado no dia 13 de
Novembro de 2016, A “Organização Mundial da Saúde (OMS), revela que crianças e
mulheres grávidas na África Subsaariana têm maior acesso ao controle efetivo da
malária. Em toda a região, um aumento no uso dos testes de diagnóstico para
crianças e no tratamento preventivo para gestantes tem sido relatado nos
últimos anos. O uso de mosquiteiros tratados com inseticidas tem se expandido
rapidamente entre todas as populações em risco de contrair a doença.
No entanto, em muitos países da
região, ainda existem lacunas substanciais na cobertura de programas. A
insuficiência de financiamento e sistemas de saúde frágeis estão prejudicando o
progresso global, comprometendo a consecução dos objetivos globais.” A áfrica subsaariana
como apontam as estatísticas é o principal palco da relutância da malária aos
esforços investidos nessa região. Segundo
o Jornal expresso (29 de Marco de 2017) : “Mais de 90 por cento dos casos
de malária acontecem na África subsaariana, onde se situa o Burundi. A ministra
da Saúde, Josiane Nijimbere, foi clara: ‘Com base numa investigação efetuada
por especialistas da OMS, o ministério confirma que o Burundi enfrenta uma
epidemia de malária’. Entre as categorias demográficas especialmente
vulneráveis, ela destacou as mulheres grávidas e as crianças com menos de cinco
anos.”
A Rádio
da ONU publicou um relatório em 2015 falando da redução da malária em mais de 16 países. O relatório
diz:
(…) mais de metade dos 106 países onde havia a doença no ano
2000 conseguiu reduzir o número de casos em pelo menos 75% até este ano.
No mesmo período, 18 países obtiveram reduções entre 50% e
75%. A diretora-geral da OMS, Margaret Chan, afirmou que já se sabe o que
funciona e "o desafio no momento é fazer mais".
Em 2015, houve cerca de 214 milhões de novos casos da doença,
com 438 mil mortes.
Segundo dados múndias sobre a
malária, indicam que há uma redução considerável da malária e a áfrica tem sido
o palco de combate contra a malária, sobre tudo a áfrica subsaariana. Segundo
um relatório publicado pela OMS,
citado pela Deutsche Welle, afirma:
(…) o relatório de 2016 conclui que a taxa de mortalidade por malária caiu quase 30% desde 2010, mas em 2015 ainda morreram no mundo 429 mil pessoas devido à doença. Segundo o documento, cerca de 75% das mortes por malária em 2015 concentraram-se em 13 países, a maioria na África Subsaariana. O país com maior peso nas mortes por malária é a Nigéria, que reúne 26% do total de mortes, seguido da República Democrática do Congo, com 10%. A Índia, com 6%, o Mali com 5%, a Tanzânia e Moçambique com 4% cada, o Burquina Faso, Angola, Costa do Marfim, Gana, Uganda e Quénia (3% cada), e o Níger, são os restantes 11 países.Mostrando assim que os esforços que estão sendo feitos nas comunidades, as palestras de incentivo ao uso das redes mosquiteiras, a pulverização, estão tendo um efeito positivo, contudo é preciso o redobro dos esforços levados a cabo para que se possa ter um mundo livre da malária.
A análise da malária em Moçambique
Segundo um relatório publicado
pela Deutsche Welle (DW) em 2016, “Os
autores do relatório estimam que Moçambique tenha registado 8,3 milhões de
novos casos em 2015 e que 15 mil pessoas tenham morrido naquele ano devido à
malária. Em 2010, o número estimado de novos casos no país era de 9,3 milhões e
o total de mortos era de 18 mil.
A redução do número de casos e
mortes face a 2010 poderá dever-se ao facto de mais de 60% da população
moçambicana dormir hoje coberta por redes mosquiteiras tratadas com inseticida
e mais de 10% protegida por vaporização residual, as duas formas mais primárias
de controlo da transmissão da malária.” Contudo importa referir que “a malária
ainda constitui um dos maiores problemas de saúde pública de Moçambique, sendo
as maiores vítimas as mulheres grávidas e as crianças menores de 5 anos. Esta
infeção continua a ser a principal causa de morte infantil em Moçambique. O
país tem uma das mais prestigiadas instituições de pesquisa na área da malária,
o Centro de Saúde da Manhiça.” O Jornal o País, de Moçambique publicou um
outro relatório em 2017, recentemente, dados que demostram um avanço negativo
da malária nesse país em relação ao ano anterior, 2016. Afirmando: “… nos
primeiros três meses do ano em curso, pouco mais de dois milhões de casos de
malária, contra 1,873,303 casos em igual período em 2016, cifra que representa
um aumento de 22 por cento., segundo a Ministra da Saúde, Nazira Abdula.” Dados
que demostram a necessidade de mais empenho para reduzir esse alarmante índice
de malária.
Segundo Abdula, as províncias de Manica, Tete, Gaza e
Inhambane (centro e sul) são as que contribuíram para o aumento do número de
casos da doença. A Ministra disse ser uma grande preocupação para o governo,
dada a sua interferência negativa no desenvolvimento socioeconómico do país, já
que resulta num elevado nível de absentismo escolar e laboral, bem como a perda
da força produtiva. A malária continua sendo um dos maiores problemas de saúde
pública no nosso país, sendo mais frequente no período que vai de Dezembro a
Abril de cada ano, onde assistimos, de forma assustadora, as unidades
sanitárias cheias de pacientes sofrendo de malária, com maior destaque para as
consultas de pediatria, afirmou.
Contudo, o aumento de casos, a
titular da pasta da saúde, Nazira Abdula, disse que o número de óbitos
intra-hospitalares causados pela malária está a reduzir. A título de exemplo,
no ano em curso, registaram-se 424 óbitos contra 504 em 2016, o que representa
uma redução de 16 por cento. O número de casos de malária grave que necessitam
de internamento reduziu em 10 por cento, tendo passado de 22,981 casos em 2016
para 20,881 no presente ano.
Malária: os novos avanços
De acordo com o “Relatório
Mundial sobre a Malária 2015” da OMS, o mundo está no
caminho certo para erradicar a doença. Os dados divulgados permitem constatar
que 57 países alcançaram o Objetivo de Desenvolvimento do Milénio (ODM) e
reduziram o número de casos da doença em 75 por cento entre 2000 e 2015. Outras
18 nações registaram quedas superiores a 50 por cento.
Em números gerais, os casos de
malária passaram de 262 milhões em 2000 para 214 milhões em 2015. Já as mortes
devido a esta doença evitável e possível de tratar, caíram de 839 mil para 438
mil – uma queda de 48 por cento.
Apesar dos avanços, que pouparam
6,2 milhões de vidas nos últimos 15 anos, a agência internacional alertou para
a necessidade de maior atenção para o combate à doença na África subsaariana,
região que concentra 88 por cento dos casos e 90 por cento das mortes globais
por malária. Apenas na Nigéria e na República Democrática do Congo ocorrem 35
por cento do total de mortes.
Segundo a OMS
o que permitiu a redução da incidência de malária foram os investimentos em
ações de controle dos mosquitos transmissores da doença. Desde 2000, foram
distribuídos em África cerca de mil milhões de redes mosquiteiras impregnadas
de inseticida (hoje, 55 por cento dos habitantes da África subsaariana dormem
sob estas redes, contra apenas 2 por cento há 15 anos), e a crescente
utilização de testes de diagnóstico rápido (RDTs) tornou mais fácil detetar as
febres maláricas, permitindo o tratamento atempado e apropriado, com
medicamentos cada vez mais eficazes.
Em maio de 2015 a Assembleia
Mundial da Saúde adotou a estratégia global da OMS para a malária, entre 2016 e
2030, uma nova plataforma de 15 anos para o controle da doença em países
endémicos.
A iniciativa cria metas
ambiciosas, mas alcançáveis, que incluem a redução da incidência e mortalidade
da malária em pelo menos 90 por cento e a eliminação da doença em pelo menos 35
países. Outra das metas é prevenir o ressurgimento da malária em todos os
países considerados livres da doença.
Apesar de todos os esforços
realizados até hoje para erradicar a doença, essa tarefa ainda não foi
concluída. A adoção de medidas profiláticas e o tratamento medicamentoso têm
ajudado a controlar a infeção, mas o contínuo surgimento de resistências aos
fármacos e aos inseticidas ameaça constantemente esse controlo. Torna-se, por
essa razão, necessário desenvolver novos medicamentos mais eficazes para
impedir a transmissão do parasita.
A investigação é incessante.
Recentemente, um estudo realizado por uma equipa de cientistas do Instituto de
Medicina Molecular (iMM Lisboa) permitiu descobrir um novo mecanismo usado pelo
parasita da malária durante o processo de infeção, que poderá levar ao
desenvolvimento de novos tratamentos contra a doença.
As causas do elevado índice da malária em Moçambique
Segundo o Inquérito Nacional sobre
Indicadores de Malária em Moçambique (IIM – 2007, pág. 14, 15) Em Moçambique a malária
constitui um dos principais problemas de saúde pública. Tal se deve a fatores
climáticos, ambientais (temperaturas e padrão de precipitação favoráveis) e
socioeconómicos (pobreza, meios de prevenção inacessíveis). Por outro lado, a
maior parte do povo Moçambicano vive em áreas de alto risco à infeção malárica.
Em Moçambique, tal como em vários países de África, a malária é a principal
causa de absentismo escolar e laboral, perpetuando desta forma o ciclo vicioso
de doença-pobreza. O Plano Estratégico do Programa Nacional de Controlo da
Malária delineia metas de cobertura de várias intervenções com o objetivo de
expandir os esforços da luta contra a malária até ao nível dos agregados
familiares.
O
impacto das principais intervenções propostas no plano estratégico refletir-se-á
na redução do peso da malária. Contudo, torna-se necessário uma avaliação geral
da situação e que servirá de base para uma monitoria e avaliação dos
indicadores-chave de progresso e de impacto das intervenções em curso. Assim
sendo, a medição da cobertura das intervenções e o peso da doença (prevalência
da infeção malárica e da anemia em crianças e em mulheres grávidas) constitui
uma ferramenta basilar para a avaliação do progresso dos esforços empreendidos
para a redução do impacto da doença.
Tipos de malária e formas de tratamento
Tipos de parasita
Existem mais de cem tipos de
plasmódio, o parasita da malária. Dos que infetam o homem, quatro são os mais
importantes: Plasmodium vivax, Plasmodium falciparum, Plasmodium
malariae e Plasmodium ovale. A doença provocada pelo vivax é
a mais comum e a provocada pelo malariae, a menos grave. Já a
provocada pelo ovale é típica da África. O principal causador de malária é
mosquito Anopheles, comumente chamado de
mosquito-prego, é um género de mosquito com ampla distribuição mundial,
presente nas regiões tropicais e subtropicais, incluindo Portugal, o Brasil, a
China, a Índia e a África. É o agente transmissor da malária e, em alguns
casos, da filariose. Os mosquitos-fêmea deste gênero são, para os humanos, os
animais mais mortais do mundo, causando anualmente a morte de mais de 1 milhão
de pessoas.
Os anofelinos são hematófagos e várias espécies do gênero são
vetoras do Plasmodium, o protozoário causador da malária. Dentre essas,
destacam-se Anopheles maculipennis (Europa), A. culicifacies
(Índia), A. minimus (de Assam até a China e Filipinas), A. gambiae
e A. funestus na África; no neotrópico, A. albimanus (México), A.
nuñeztovari (Venezuela e Colômbia), A. darlingi e A. aquasalis
(Brasil). Outras espécies importantes na transmissão da malária no Brasil são A.
bellator e A. cruzii, os equivalentes ecológicos das duas últimas,
no sul do país - região atualmente livre da doença. Menos importante é Anopheles
albitarsis.
Há cerca de 400 espécies, incluindo 40 que transmitem o plasmódio.
A mais comum das transmissoras é o Anopheles gambiae. Só a fêmea é que
pica o homem e se alimenta de sangue. Os machos alimentam-se dos sucos ricos em
glicose de plantas.
O Anopheles prefere temperaturas de 20 a 30 °C e altas taxas
de umidade. Não sobrevive em grande número se as temperaturas médias diárias
caírem abaixo dos 15 °C e não gosta de altitudes acima dos 1500 metros.
Os anofelinos distinguem-se dos outros mosquitos pelos seus palpos
quase tão longos quanto as probóscides, e pelas suas escamas brancas e pretas
nas asas. Têm um comportamento típico, descansando com o abdómen em angulo para
cima.
Ciclo de vida
O Anopheles passa por quatro estágios: ovo, larva, pupa, e
adulto.
As fêmeas vivem de duas semanas a um mês. Têm preferência pelo
sangue humano, mas também picam animais. Põem cerca de duzentos ovos de cada
vez, em água parada. Os ovos têm boias naturais, demorando apenas 2 a 3 dias a
maturar (ou 1 a 2 semanas em climas mais frios), e não sobrevivem às baixas
temperaturas nem à desidratação. (Veja a imagem 2 do anexo que ilustra o ciclo de vida da fêmea Anopheles).
As larvas alimentam-se por filtração de bactérias e outros
microorganismos da água. Ao contrário de outras espécies não têm sifão,
absorvendo o ar da superfície com a boca. As larvas passam por quatro estágios,
sofrendo, posteriormente, metamorfose em pupas.
Enquanto se desenvolvem, as pupas vêm à superfície para respirar
e, cerca de 10 a 15 dias após a deposição dos ovos, transformam-se em mosquitos
adultos, imediatamente ativos sexualmente. Os machos vivem cerca de uma semana
e alimentam-se de néctar. As fêmeas alimentam-se de sangue, mais rico em
nutrientes necessários para porem os ovos.
“A
malária ou paludismo é uma doença infecciosa aguda ou crônica
causada por protozoários parasitas do gênero Plasmodium (Consulte o apêndice para
ver o ciclo de vida do Plasmodium e sua ilustração na gravura.),
transmitidos pela picada do mosquito do gênero
Anopheles fêmea”. Segundo um portal
online, a Wikipédia, que cita a OMS, afirmando:
A malária mata 3 milhões de pessoas por ano , uma taxa só comparável à da SIDA/AIDS, e afeta mais de 500 milhões de pessoas todos os anos. É a principal parasitose tropical e uma das mais frequentes causas de morte em crianças nesses países: (mata um milhão de crianças com menos de 5 anos a cada ano). Segundo a OMS, a malária mata uma criança africana a cada 30 segundos, e muitas crianças que sobrevivem a casos severos sofrem danos cerebrais graves e têm dificuldades de aprendizagem.A designação paludismo surgiu no século XIX, formada a partir da forma latinizada de paul, palude, com o sufixo -ismo. Malária é termo de origem italiana que se internacionalizou e que surge em obras em português na mesma altura. Termo médico tradicional era sezonismo, de sezão, este atestado desde o século XIII. Existem muitas outras designações.
Tipos de malária
Malária crônica
Malária
crônica pode ser decorrente de infeção pelos protozoários P. vivax e P.
ovale, mas não do P. falciparum. Na malária crônica a doença pode
reincidir meses ou anos depois da exposição devido à presença latente de
parasitas no fígado. Desta forma, pode ser enganador considerar a pessoa curada
ao observar o desaparecimento de parasitas na corrente sanguínea.
Malária severa
Malária
severa é quase sempre causada por infeção pelo protozoário P. falciparum
e geralmente aparece 6-14 dias depois do contágio. Consequências da malária
severa incluem coma e morte caso não seja tratada, sendo que crianças pequenas
e mulheres grávidas são especialmente vulneráveis. Podem ocorrer dor de cabeça
forte, baço inchado, isquemia cerebral, fígado inchado, hipoglicemia, e
hemoglobinúria com insuficiência renal. Malária severa pode evoluir muito
rapidamente e causar morte em horas ou dias. Em casos mais graves da doença, as
taxas de fatalidade podem exceder 20%, até com cuidados e tratamentos
intensivos. A longo prazo, problemas de desenvolvimento tem sido documentados
em crianças que sofreram episódio de malária severa.
A
malária cerebral humana
A malária cerebral humana é a
manifestação mais grave do Plasmodium
falciparum que ocorre em 1% das infeções, sendo responsável por mais de
dois milhões de mortes anuais entre crianças abaixo de cinco anos. O modelo
experimental mais aceito da malária cerebral é o camundongo C57BL/6 infetado
pelo Plasmodium berghei ANKA (PbA). A
administração da fração mononuclear da medula óssea, contendo principalmente
células tronco mesenquimais e hematopoiéticas, constitui uma estratégia
promissora no tratamento de danos neurais causados por acidente vascular
cerebral. [Para um experimento/ teste acerca da malária cerebral, veja o
apêndice].
Sintomas da malária
Os
sintomas da malária podem surgir semanas ou meses após a picada do mosquito do
tipo Anopheles fêmea, em Moçambique, devido
a uma série de fatores, nomeadamente: climáticos/ambientais (temperaturas e
padrão de precipitação favoráveis, abundância de criadouros de mosquitos/vetores
da doença), e socioeconómicos (pobreza, meios de prevenção inacessíveis).
Os sintomas da malária seguem
sempre um padrão semelhante e, por isso, é comum o surgimento de um período de
forte dor de cabeça, mal-estar, calafrios com tremores e febre que duram de 1
até 8 horas, mas que podem aliviar, voltando a surgir alguns dias mais tarde.
Primeiros sintomas da malária
Os primeiros sintomas da malária
que surgem de repente são intensa dor de cabeça, febre e calafrios e em poucas
horas surgem:
- Dores por todo corpo;
- Fraqueza;
- Mal estar geral;
- Náuseas;
- Vômitos,
- Tremores fortes que podem durar de 15 minutos a 1 hora.
Estes sintomas manifestam-se em
forma de surtos, assim, a pessoa começa a sentir mal e tende a ficar quieta
tendo que descansar e em poucas horas, há uma sensação de alívio dos sintomas
até que eles retornam de forma repentina após 2 a 3 dias. Os padrões da doença
variam de acordo com o tipo de malária, se ela é malária maligna ou não, e as
complicações podem ser fatais.
Sinais e sintomas de malária grave
Além dos sintomas acima citados,
os sintomas de malária cerebral, que um tipo grave e complicado de malária,
incluem:
- Rigidez na nuca;
- Desorientação;
- Sonolência;
- Convulsões;
- Vômito:
- Estado de coma.
Formas de tratamento da Malaria
“A Malária pode ser uma doença
potencial fatal especialmente quando causada pelo falciparum do Plasmodium”.
Segundo o News medical, O Tratamento
deve ser iniciado o mais cedo possível depois que o diagnóstico é feito. O
Tratamento pode ser ambos por drogas orais assim como por injeções intravenosas
dos anti-maláricos. A Maioria de drogas usadas no tratamento são ativas contra
os formulários do parasita no sangue.
Escolha do tratamento
O Tratamento de um paciente da
malária depende de diversos fatores;
- Espécie de Plasmodium que afeta o indivíduo.
- Condição Clínica do paciente. Um paciente ou muito doente com complicações severas podem precisar um regime diferente dos anti-maláricos comparados a um com uma doença mais suave.
- Área da aquisição da malária. Isto é importante porque os parasita do Plasmodium em determinadas áreas de alto risco da malária são resistentes às drogas anti maláricas comuns e regimes da droga para estes indivíduos precisa de ser escolhida com cuidado.
- Doenças e doenças Associadas.
- Matrizes Grávidas com malária - as drogas do aAll não podem ser prescritas em uma matriz grávida de medo do dano ao bebê por nascer
- Presença de uma história de alergias da droga ou de outras medicamentações usadas pelo paciente.
Agentes Anti-maláricos
O Tratamento prontamente com
agentes anti-maláricos pode geralmente conduzir a uma recuperação completa. As
Drogas que são usadas para impedir a malária nos viajantes são igualmente úteis
no tratamento da malária. Às Vezes uma combinação de anti-maláricos diferentes
pode ser prescrita para superar as tensões da malária que se tornaram
resistentes aos únicos tipos de medicamentação.
A medicamentação Anti malárica é
dada geralmente como tabuletas ou cápsulas. A admissão de Hospital é necessário
para pacientes severamente doentes, pacientes com malária do falciparum do
Plasmodium, infeções misturadas e tensões não identificadas da malária. Há
diversos tipos de anti-maláricos usados para impedir e tratar a malária.
As Drogas usadas no tratamento
da malária incluem:
- Chloroquine
- Atovaquone-proguanil (Malarone)
- Artemether-lumefantrine ( de Riamet ou de Coartem)
- Mefloquine ( de Lariam)
- Quinino
- Doxycycline (usado em combinação com o quinino)
- clindamycin (usado em combinação com o quinino)
- Artesunate (não licenciado para o uso nos Estados Unidos e na União Europeia)
Recomendações para pacientes com
malária de Non-falciparum
Estes pacientes geralmente não
estão admitidos ao hospital para o tratamento e podem ser tratados no
departamento de paciente não hospitalizado a menos que houver umas
complicações. Chloroquine como a droga da escolha para o tratamento de toda a
malária do non-falciparum. É altamente eficaz contra malariae do P. e ovale
do Plasmodium e a maioria de tensões do vivax do Plasmodium.
Há umas áreas com as tensões
resistentes ao choloriquine. A Malária e nestas áreas pode ser controlada por
outros agentes como o quinino, o artemether com lumefantrine ou o
atovaquone-proguanil.
Antes da prevenção de ter uma
recaída o primaquine é usado. Destrói os parasita da fase do fígado. Para o
tratamento do primaquine/dia do magnésio do ovale 15 do P.
por 14 dias e para algumas tensões de doses mais altas do vivax do P. do
primaquine - 30 primaquine/dia do magnésio por 14 dias podem ser usados. A atividade
de G6PD deve ser medida em infeções do vivax do Plasmodium ou do ovale
do Plasmodium enquanto o primaquine pode causar a hemólise (divida dos
RBC) naquelas com deficiência de G6PD.
Recomendações para pacientes com
malária do falciparum
Conforme recomendações, todos os
pacientes com malária do falciparum devem ser admitidos ao hospital
inicialmente. Estes pacientes precisam a gestão de suporte no HDU (unidade
altamente dependente) ou em ICU na presença de complicações.
O Tratamento é geralmente com
magnésio oral do sulfato 600 do quinino cada 8 horas por 5-7 dias mais o
magnésio do doxycycline 200 diário
(ou o magnésio do clindamycin 450
cada oito horas para mulheres gravidas) por 7 dias.
Uma Outra alternativa é
Atovaquone-proguanil 4 tabuletas padrão diárias por 3 dias. O Tratamento é
igualmente eficaz com o Artemether com
lumefantrine (Riamet®). A dose para pacientes sobre 35 quilogramas é 4
tabuletas imediatamente e então umas 4 tabuletas mais adicionais em 8, 24, 36,
48 e 60 horas.
Recomendações para pacientes com
malária severa ou complicada do falciparum
Estes pacientes exigem drogas
intravenosas. O dihydrochloride
Intravenoso do quinino é geralmente a primeira linha agente. A dose Inicial é
20 mg/kg (a um máximo de 1,4 g) sobre 4 horas, seguido por 10 mg/kg (a um
máximo de magnésio 700) cada 8 horas para as primeiras 48 horas ou até o
paciente pode engolir. Uma Vez Que o paciente pode tomar o magnésio oral do
sulfato 600 do quinino das drogas extremamente um dia está dado para terminar
um curso 5-7-day no total.
O regime do artesunate
geralmente é dado como uma injeção IV, repetido em 12 e 24 horas e diário
depois disso. O artesunate Intravenoso não foi licenciado na União Europeia Mas
está acumulando a evidência que oferece um benefício significativo sobre o
quinino onde os pacientes têm a malária muito severa ou contagens altas do
parasita.
Alternativamente uma segunda
droga pode ser dada com estes regimes. Estes incluem o magnésio do doxycycline 200 uma vez diário ou o
magnésio do clindamycin 450 três
vezes por dia (para mulheres gravidas) para um total de 7 dias de quando o
paciente pode engolir.
Prevenção da malária
A Malária é uma doença evitável e curável. A Consciência e as precauções, especialmente antes de viajar a uma área endémico para a malária, são importantes para a prevenção da malária. Os Viajantes são os mais suscetíveis a trazer para trás infeções. Por exemplo em 2010, sobre 1.700 viajantes foram diagnosticados com malária após o retorno ao REINO UNIDO. A Maioria destes casos foram adquiridos em África.
Aproximação de Quatro etapas à
prevenção
Há uma aproximação de quatro
etapas à prevenção da malária:
1. A Consciência do
risco de malária e do risco de complicações associadas com ela é a primeira
etapa na prevenção. Os Viajantes às áreas com uma incidência alta da
malária precisam de estar cientes de seu risco e de tomar precauções adequadas.
2. Prevenção de mordidas
de mosquito. Uma única mordida é bastante para transmitir a infeção da
malária. A proteção Adequada contra mordidas de mosquito é importante. As
medidas Simples como vestir a roupa coberta, a utilização de uma rede de
mosquito e a utilização de um repelente de insetos ajudam em impedir mordidas.
A vacância Completa das mordidas não é possível contudo o número de mordidas pode
ser reduzida tanto quanto possível.
Todos Os viajantes e residentes
de áreas altas do risco da malária são recomendados ficar dentro especialmente
após o crepúsculo e manter as portas e os indicadores selecionados ou fechados
aos mosquitos. Uma rede de mosquito especialmente umas tratadas com o inseticida
ajuda a impedir mordidas durante o sono.
Um repelente de insetos deve ser
usado na pele e em torno da área do sono. Aqueles aplicados sobre a pele
precisam de ser reaplicados frequentemente. Os repelentes de insetos os mais
eficazes contêm o diethyltoluamide
(DEET) e estão disponíveis nos pulverizadores, rolo-ONS, colam-no e
desnatam-no.
A roupa Coberta igualmente ajuda
a impedir mordidas. O encaixe colorido, fraco da Luz, calças, um pouco do que o
short, e as camisas com luvas longas é preferível particularmente durante o
início da noite e na noite em que os mosquitos preferem alimentar.
3. Tabuletas Anti
malaria para a prevenção da infeção. Um curso completo da
medicamentação prescrita antes, durante e depois do curso é importante na
prevenção de adquirir infeções. Isto é, chamado quimioprofilaxia e é útil para
viajantes.
Os Anti-maláricos não são 100%
eficaz assim que tomar etapas para evitar mordidas é igualmente importante. As
drogas Geralmente prescritas incluem o Chloroquine,
doxycycline, mefloquine, primaquin e o atovaquone
mais o proguanil (Malarone) Etc. Choloroquine
precisa de ser tomado por quatro semanas após o retorno do curso. Malarone pode
ser tomado para uma semana após o retorno. (Para mais informações
veja a tabela 1 do Anexo que descreve as dosagens correta das drogas para a
malária).
4. O diagnóstico Imediato após o
início de ajudas dos sintomas impede complicações da malária. Os Sintomas
poderiam aparecer depois que um ano após a viagem e a esta precisa de ser
considerado ao diagnosticar e ao tratar a malária.
Outros tipos de tratamento:
O Paludrine/Avloclor
oferece uma dupla proteção contra os parasitas que não desenvolveram imunidade
ao princípio ativo cloroquina. É geralmente prescrito a pessoas que viajam para
áreas de baixo risco, onde o parasita de alto risco não está presente. O Paludrine/Avloclor é um medicamento
ligeiro, o que significa que o risco de efeitos secundários é reduzido.
O Malarone contém
atovaquona e proguanilo e é um tratamento antimalárico combinado. É tomado uma
vez por dia, fornecendo protecção contra todas as formas do parasita da
malária, mesmo aqueles resistentes à cloroquina. O tratamento com Malarone tem
uma duração menor e menos efeitos secundários.
A Doxiciclina é um antibiótico
antimalárico que é geralmente prescrito quando os viajantes se encontram a
visitar áreas do mundo onde o parasita da malária é imune à cloroquina, o
princípio activo dos tratamentos antimaláricos mais antigos como o Paludrine/Avloclor. Oferece proteção
eficaz contra as quatro variedades de parasitas da malária.
Conclusão
Para
concluir o presente trabalho do qual aborda acerca da malária, conforme vimos
os dados apontam a tendência da redução dessa epidemia ao nível mundial e em
Moçambique conforme o relatório da OMS tende a mostrar uma redução considerável.
Entretanto, Moçambique encontra-se em 7
lugar no auge do índice dos infetados pela malária. E segundo o Jornal o País
“… nos primeiros três meses do ano em curso, pouco mais de dois milhões de
casos de malária, contra 1,873,303 casos em igual período em 2016, cifra que
representa um aumento de 22 por cento…”, um facto que reforça a necessidade de
lutarmos contra a malária.
Segundo
a ONU a malária mata uma criança em
África a cada minuto. Levando em consideração o auge em que Moçambique se
entra no índice dos infestados é necessário mais mobilizações de modo a chamar
atenção as pessoas a usarem todos meios de prevenção disponíveis como o uso das
redes mosquiteiras, pulverizar as casas, e evitar as águas estagnadas e o capim
nos quintais de casa.
Portanto,
como estamos vendo a malária tende a reduzir pese embora nos primeiros trimestre
tenha aumentado.
Referencias Bibliográficas
1.MABUNDA, Samuel ta
all, Inquérito Nacional sobre Indicadores
de Malária em Moçambique (IIM – 2007): Programa Nacional de Controlo da
Malária, Ano de edição: 2007, Local
de edição: Moçambique, Número de edição 1, Pp. 13-18.
13.
http://www.abcdamedicina.com.br/malaria-ciclo-de-contaminacao-profilaxia-sintomas-e-tratamento.html
25. Revista de Saúde Publica; Aumento dos casos de malária em Moçambique,
2014: epidemia ou novo padrão de endemicidade? (Rev
Saúde Pública 2016;50:5)
em PDF pode ser consultado em http://www.rsp.fsp.usp.br/.
Todos os websites foram consultados entre os dias 10
à 12 de maio de 2017.
Marcadores: Emília Espora, Malária, Mundo, Rosário Cangomba, Saúde
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