A origem da cerâmica
A palavra cerâmico deriva da palavra grega
“Karamica’’ que esta associado à palavra “Kéramos”, liga, por sua vez, à “ arte
dos vasos cozidos”, ou seja, produtos aquecidos
que contêm argila. Apesar do termo cerâmica reter o sentido original de
produtos feitos com argila, ao longo dos
tempos começou a abranger outros produtos processados de forma idêntica (Carter
e Norton 2007).
As primeira cerâmicas conhecidas datam do final do
Paleolítico (Boch e Nièpce 2007). Os exemplos mais antigos de barro cozido, que
incluem mais de 1000 fragmentos de estatuetas foram descobertos na Morávia,
actual República Checa.
A primeira evidência da produção de cerâmica de
olaria remota a 10 000 AC com a descoberta de fragmentos perto de Nagasaki, no
Japão. Esta cerâmica produzida a partir de argila, fibras orgânicas e mica, era
denominada de “Jamon” devido aos motivos traçados no seu padrão. Estes vasos, assim
como os produzidos no próximo oriente, há cerca de 10 000 anos, eram queimados
a baixa temperatura (Carter e Norton 2007).
Durante o período final da idade da pedra
(Neolitico) a arte dos vasos cozidos tornou-se uma actividade importante
(Carter e Norton 2007). Na Mesopotâmia há vestígios de fragmentos cerâmicos de
artefactos que datam de 8 000 anos AC (Margueron 1991). Revestimentos de piso e
de parede em ladrilho e estruturas de calcários e gesso foram encontradas na
Palestina (8300-7600 AC) e depois no
Iraque, Síria, Anatólia e Jericó (Kingery e tal 1992).
Por volta de 7000-6000 AC, especialmente no próximo
oriente, foi observado um grande impulso na cerâmica, resultante da sedentarização das populações (Boch e
Nièpce 2007). As primeiras cerâmicas eram muito porosas e grosseiras e os
artesãos depressa perceberam que existia necessidade de alterar as propriedades
da matéria-prima (Boch e Nièpce 2007). As primeiras cerâmicas eram muito
porosas e grosseiras e os artesãos depressa perceberam que existia necessidade
de alterar as propriedades da matéria-prima (Boch e Nièpce 2007). Assim, eram
adicionadas partículas não plásticas para construir o esqueleto do artefacto
(partículas minerais, orgânicas, e fragmentos de cerâmica). Em cerca de 6400 AC
a olaria já era relativamente desenvolvida, existindo um melhor aperfeiçoamento
nas técnicas de decoração e processamento térmico. Por exemplo, já se dominava
o controlo das atmosferas de oxidação e redução requeridas durante a queima dos
produtos cerâmicos (Carter e Norton 2007).
As primeiras decorações de cerâmica eram inclinações
e marcas feitas por paus, ossos e unhas. Mas tarde as cerâmicas passaram a ser
pintadas com base em pigmentos de origem mineral (óxidos metálicos, culmite,
calcite), podendo se executados antes ou após o fogo. Investigações recentes
revelam o aparecimento de vidrados no norte do Iraque e no nordeste da Síria,
em cerca de 1600 – 1500 AC (Boch Nièpce 2007). Esta técnica foi depois estendida ao médio oriente na decoração arquitectónica,
olaria e estatuária. (…) Apenas no final
do século XVIII, com a melhor compressão científica da cerâmica (análise
química da matéria – prima) aliado ao impulso proporcionado pela revolução
industrial, a produção e processamento da cerâmica sofreu um grande
desenvolvimento (Carter e Norton 2007).
Marcadores: Construção civil
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