Crítico Melódico: Indemnização de camponeses da Munhava e Vaz termina com um "civukuvuko"

A reportagem é do nosso repórter online Rosário Cangomba que se fez presente no bairro do Vaz - Caxiquinha para reportar esse caso ao público do website Crítico Melódico.

Segundo ele, uma empresa não identificada comprou machambas na zona de Caxiquinha - Vaz. As machambas abrangidas são de populares do bairro de Vaz e Munhava, o mais populoso da Beira, o que causou um grande "civukuvuko" (total desordem). Estavam presentes o secretário do bairro de Vaz e sua assistente, e o empresário que pretende efectuar a indemnização.

As machambas estavam repletas de águas e segundo o secretário; as pessoas/camponeses deviam cada um parar na sua própria machamba, onde era insuportável de si parar porque a água chegava até aos joelhos e era de mau aspecto - colocando assim em risco a saúde dos populares.
Sobe risco de picada duma cobra, o povo mesmo assim não se mostrou intimidado por causa da indemnização que viria a receber.

Após a inscrição de algumas pessoas/camponeses, o secretário colocou por encerrada a inscrição deixando alguns de fora, o que causou um grande Civukuvuko, até tendo surgido agressões verbais entre o secretário e os camponeses, até o próprio empresário não foi passado por despercebido, o carro dele foi atacado em batidas como que fosse um tambor.

De referir que essa não é a primeira compra que se faz nessas "bandas"(região). No bairro da Munhava, Munchina Massamba, com a participação da sua Excia Governadora de Sofala, Maria Helena Taipo, foram indemnizado durante uma semana, a cada dia 100 camponeses a um valor de 5000, 00 mt.

A indemnização mais transparente nos últimos tempos a que se observou.

Segundo a lei Moçambicana que regula acerca de Terra, declara no seu artigo 109, paragrafo 2 no livro da lei, Constituição da República de Moçambique, que: "A terra não deve ser vendida, ou por qualquer outra forma alienada, nem hipotecada ou penholada". E no 1 realça: " A terra é propriedade do Estado".

E a base desse artigo diz-se que os 5000, 00 mt são só uma forma de não desanimar os Camponeses.
E defacto não teria muita lógica não haver uma indemnização por parte dos camponeses, considerando que alguns cultivaram nelas a mais de uma década. De referir que em indemnizações anteriores cada Machamba equivalia 2500, 00 mt, um valor muito baixo.