“O lugar dos ladrões é na cadeia”
MOÇAMBIQUE | Foram ao todo pouco mais de 500 pessoas, representantes da Sociedade Civil, académicos, grupos religiosos e cidadãos comuns que reuniram-se, sábado passado, para manifestar a indignação contra a actual situação económica do país, a dívida pública e a tensão política que está a matar no Centro e Norte do país.
A medida que os manifestantes enchiam as ruas, entoando canções de repúdio ao momento que o país atravessa, curiosos espreitavam pelas janelas e outros saíam para as ruas para mostrar apoio ao grupo de manifestantes que foi maioritariamente composto por jovens.
Durante a marcha, os participantes também proferiam em coro discursos direccionados ao Chefe de Estado, à Presidente da Assembleia da República e a Procuradoria-Geral, exigindo para que sejam mais interventivos.
“Atum, ainda não comemos”. É a letra de um dos coros que dominou a marcha que decorreu de forma pacífica. Aliás, ainda a propósito do atum; alguns participantes e uma das caras da manifestação, a presidente da Liga dos Direitos Humanos, disse em jeito de brincadeira que no lugar de se trazer os cães da polícia à manifestação para intimidar as pessoas, deveria se dar a eles o atum... (os participantes caíram em gargalhadas).
Contudo, Alice Mabota também dirigiu longos elogios à polícia por ter permitido que a marcha decorresse tranquilamente.
E um dos últimos momentos marcantes foi quando no pequeno palco montado na praça da independência para as intervenções dos organizadores da marcha foi tocada a música “Povo no poder”, do rapper moçambicano Azagaia.
A última marcha frustrada, foi justiçada pelo espancamento de João Massango, presidente do partido Ecologista, que era o principal rosto, um dia antes da data prevista para as manifestações. Massango foi agredido perto da sua casa, no bairro Khongolote, na Matola.
A marcha deste último sábado teve como lema “Pelo direito à esperança” e acabou sendo uma das mais pacíficas dos últimos tempos. Entretanto, os participantes disseram que muitos não aderiram por causa das intimidações registadas nas outras duas frustradas.
“Não queremos vandalizar o Estado”
"O Estado moçambicano respeitou os nossos desejos como organizadores desta marchaˮ. Esta foi uma das primeiras frases que a Presidente da Liga dos Direitos Humanos dirigiu aos manifestantes, no fim da marcha.
Alice Mabota referenciou que os organizadores da macha dirigiram cartas à Presidente da Assembleia da República e à Procuradora, “solicitando que não queríamos blindados, não queríamos um aparato de cães, apesar de terem ali alguns, não queríamos a FIR, como se fóssemos criminosos; e nos respeitaram.”, disse.
A medida que os manifestantes enchiam as ruas, entoando canções de repúdio ao momento que o país atravessa, curiosos espreitavam pelas janelas e outros saíam para as ruas para mostrar apoio ao grupo de manifestantes que foi maioritariamente composto por jovens.
Durante a marcha, os participantes também proferiam em coro discursos direccionados ao Chefe de Estado, à Presidente da Assembleia da República e a Procuradoria-Geral, exigindo para que sejam mais interventivos.
“Atum, ainda não comemos”. É a letra de um dos coros que dominou a marcha que decorreu de forma pacífica. Aliás, ainda a propósito do atum; alguns participantes e uma das caras da manifestação, a presidente da Liga dos Direitos Humanos, disse em jeito de brincadeira que no lugar de se trazer os cães da polícia à manifestação para intimidar as pessoas, deveria se dar a eles o atum... (os participantes caíram em gargalhadas).
Contudo, Alice Mabota também dirigiu longos elogios à polícia por ter permitido que a marcha decorresse tranquilamente.
E um dos últimos momentos marcantes foi quando no pequeno palco montado na praça da independência para as intervenções dos organizadores da marcha foi tocada a música “Povo no poder”, do rapper moçambicano Azagaia.
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Tentativas fracassadas
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A última marcha frustrada, foi justiçada pelo espancamento de João Massango, presidente do partido Ecologista, que era o principal rosto, um dia antes da data prevista para as manifestações. Massango foi agredido perto da sua casa, no bairro Khongolote, na Matola.
A marcha deste último sábado teve como lema “Pelo direito à esperança” e acabou sendo uma das mais pacíficas dos últimos tempos. Entretanto, os participantes disseram que muitos não aderiram por causa das intimidações registadas nas outras duas frustradas.
“Não queremos vandalizar o Estado”
"O Estado moçambicano respeitou os nossos desejos como organizadores desta marchaˮ. Esta foi uma das primeiras frases que a Presidente da Liga dos Direitos Humanos dirigiu aos manifestantes, no fim da marcha.
Alice Mabota referenciou que os organizadores da macha dirigiram cartas à Presidente da Assembleia da República e à Procuradora, “solicitando que não queríamos blindados, não queríamos um aparato de cães, apesar de terem ali alguns, não queríamos a FIR, como se fóssemos criminosos; e nos respeitaram.”, disse.
Marcadores: Manifestação, Maputo, Moçambique, Notícias
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