Dívida agrava défice financeiro da LAM
A
empresa Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) tem uma dívida de 139 milhões
de dólares americanos, encargo que torna a companhia aérea deficitária,
revelou, ontem, o presidente do Conselho de Administração (PCA),
António Pinto de Abreu.
No
comando da LAM desde Fevereiro, Pinto de Abreu explicou ontem que, para
se capitalizar, a companhia aérea de bandeira nacional tem se
endividado nos accionistas.
“Uma parte grande do processo de
capitalização da LAM decorreu de iniciativas de ajustamento
contabilístico de falhas que foram tendo lugar, sobretudo no processo de
investimento na aquisição de aeronaves, etc.. Então, não foi um
processo de desembolso prévio para a realização de projectos, mas sim de
ajustamento contabilístico de dívidas para com os accionistas que foram
convertidas em capital”, explicou.
A
dívida actual das LAM, de 139 milhões de dólares, é principal
determinante do défice financeiro da empresa. Há sete meses, a dívida da
empresa era de 160 milhões de dólares, mas a nova direcção, que começou
a trabalhar nessa altura, conseguiu reduzir cerca de 20 milhões.
Segundo
Pinto de Abreu, há muitos anos que a empresa não regista receitas
financeiras razoáveis. Nem a actual crise político-militar - que tem
dificultado a circulação de transportes terrestres - está a beneficiar a
LAM, como transporte alternativo.
“Muito
do que era procura por transporte aéreo era para desenvolvimento de
projectos ao longo do país, era para o turismo ao longo do país, mas
estes aspectos da nossa economia também estão a ser afectados pela crise
económica. isso também contribui para a redução das receitas”, avançou Pinto de Abreu.
Refira-se
que a companhia está a estudar mecanismos de controlo das despesas e
receitas, de modo a reverter o cenário de défice financeiro.
Pinto de Abreu falava, ontem, por ocasião do Conselho Consultivo do IGEPE.
Fonte: Jornal O País | Crítico Melódico
Marcadores: Dívida Pública em Moçambique, Economia, LAM, Moçambique, Notícias
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