Dor, tristeza e críticas à Renamo no funeral do chefe do posto de Tica
Foram
a enterrar, na tarde de ontem, no cemitério Santa Isabel, na cidade da
Beira, os restos mortais de Abílio Jorge, chefe do posto administrativo
de Tica, localizado no distrito de Nhamatanda, província de Sofala.
Jorge
Abílio, tal como o régulo de Nhampoca, foi morto por homens armados na
tarde da passada sexta-feira, na povoação de Nhampoca,
poucos minutos
depois de ter orientado um encontro popular naquela região, que tinha
como objectivo mobilizar a população - que estava a abandonar a área
devido à tensão militar - a permanecer em Nhampoca.
O
governo de Sofala, que foi representado nas exéquias fúnebres pelo
director provincial da Justiça, José Jussene, lamentou a morte de Jorge
Abílio e lançou duras críticas aos autores do crime. “Estas atitudes da
Renamo não confortam o povo moçambicano, porque apenas destroem as
aspirações e anseios deste mesmo povo. Abílio Jorge identifica-se com os
ditames da nossa moçambicanidade”. Já o partido Frelimo em Sofala,
através do seu primeiro secretário, Paulo Manjacunene, acusou a Renamo
pelas mortes do chefe do posto administrativo de Tica, do régulo
Nhampoca, assim como por todos os ataques que ocorrem em Sofala. “Os
dois líderes comunitários foram vítimas de assassinatos bárbaros
perpetrados por bandidos armados da Renamo.
Repudiamos
a guerra, pois ela traz destruição, luto e retarda o desenvolvimento,
por isso, apelamos à Renamo a guiar-se pelo diálogo e não pelo recurso a
armas, se quer chegar ao poder”, referiu Manjacunene. A família
mostrou-se naturalmente chocada com a morte de Abílio Jorge, pela forma
bruta como ocorreu. “Ele sempre lamentou pela sua segurança em Tica,
contudo, sempre se mostrou firme em continuar a ajudar a população a
seguir em frente na construção de um moçambique
cada vez melhor. Nesta hora de adeus, lembramo-nos com muita tristeza
dos seus ensinamentos, sempre virados ao espírito de união e
patriotismos”, refere num dos trechos a mensagem da família. Abílio
Jorge, que também chegou a exercer as funções de chefe de posto de
Inhamitanga, no distrito de Cheringoma, e de primeiro secretário da
Frelimo na cidade da Beira, deixa viúva, cinco filhos e três netos.
Fonte: Jornal O País | Crítico Melódico
Marcadores: Moçambique, Notícias, Política, Tensão Política e Militar em Moçambique
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